Diabetes e a infecção pelo novo coronavírus: perguntas e respostas

As pessoas com diabetes têm maior risco para Covid-19?
Não há dados suficientes para afirmar que têm maior risco do que os não diabéticos.

As pessoas com Diabetes podem ter complicações mais graves, quando forem infectados pelo vírus?
As complicações são mais graves, quando se associam outras complicações da diabetes (pulmonares, cardíacas, vasculares ou renais) ou se a diabetes estiver mal controlada. Se estiver bem controlada (valores de glicose inferiores a 180 mg/dl), a sobrevivência no caso de estar infectado é de 98,9%; mas, se estiver mal controlada (valores de glicose superiores a 180 mg/dl) a mortalidade é de 11,0%. 

A pessoa diabética infectada pelo vírus tem tendência para a cetoacidose diabética?
Pode ter tendência para a cetoacidose; se a glicose no sangue for superior a 240 mg/dl deve fazer também a monitorização dos corpos cetónicos e se for positiva, deve contactar o seu médico ou um serviço de de saúde com urgência. A pessoa com diabetes deve ter o máximo cuidado, evitando ser infectado, cumprindo todas as regras de prevenção recomendadas pela DGS (Direcção Geral da Saúde).
No Reino Unido, as mortes por Covid-19 estavam associadas (no intervalo de tempo entre 1 de Fevereiro e 25 de Abril) a: género masculino, idade mais avançada, carenciados, diabetes mal controlados e asma. Nos doentes internados nos hospitais de Nova Iorque, a média de idades era de 63 anos, 39,7% eram mulheres e as doenças mais frequentes nos indivíduos infectados estavam assim distribuídas: hipertensão arterial 56,6%, obesidade 41,7% e diabetes 33,8%. É importante saber que em Portugal há 700 mil diabéticos diagnosticados e, na Europa, 50% das pessoas ou têm sobrecarga de peso ou têm obesidade.

A vitamina D tem algum papel na Covid-19?
Ainda não há certezas mas há factos que chamam a atenção para se estudar o que se está a ver: os indivíduos com deficiência em vitamina D têm mais susceptibilidade para terem infecções respiratórias por coronavírus, o número de mortes foi mais baixo nos países que tinham maiores níveis de vitamina D; por exemplo, nas populações da Finlândia ,  Noruega e  Dinamarca houve menos infecções e mortes (os níveis de vitamina D são mais altos porque há suplementação nutricional com vitamina D).

A deficiência de vitamina D é mais frequente em que situações?
Verifica-se deficiência de vitamina D em alguns grupos como idosos, pessoas que sofrem de obesidade, diabetes, hipertensão arterial, em homens, minorias étnicas, e pessoas em lares.

Continue a proteger-se a si e aos outros.